Parece uma pergunta descabida no primeiro momento, mas, e se esse fosse o seu sonho, você o tornaria realidade?
É claro que antes de responder a essa pergunta você automaticamente começará a pensar sobre quanto precisaria para cair na estrada, como faria para conseguir tanto tempo longe do trabalho, além de ter que encarar todos os seus amigos e familiares te chamando de insano. Pois é, um espanhol de 32 anos também enfrentou um turbilhão de questionamentos antes do grande dia. Para ser mais exata, foram quase três anos alimentando o desejo de se jogar no mundo com o mínimo de dinheiro no bolso e uma coragem de dar inveja. Estamos falando de Pol Jane Fernandes.
A mãe dele foi a primeira a achar graça quando ouviu pela primeira vez sobre o sonho do filho, o de desbravar o mundo a bordo de sua motocicleta.
Quando eu encontrei o Pol, ele estava em pleno centro de Bangcoc, com sua moto, uma série de pulseiras penduradas em um varal improvisado e um mapa com a frase: “This is my dream“, que em português significa “Esse é o meu sonho”.
Não resisti e parei para papear com o jovem de Barcelona, que há pouco mais de um ano aproveitou o final do contrato de trabalho como enfermeiro para realizar aquele sonho que havia comentado com a sua mãe em 2011: dar a volta ao mundo.
Pol confessa que a única parte realmente difícil foi o dia 20 de abril de 2013, data do início da viagem, quando ele partiu de Barcelona com um roteiro inicial e aberto a qualquer adversidade que pudesse encontrar pelo caminho.
De lá pra cá ele fala que tudo tem sido uma grande e prazerosa aventura. Perguntei como ele tem feito para se manter na estrada e ele, com um sorriso, levantou a pulseira de tecido que estava a confeccionar quando eu cheguei. O jovem também contou que aprendeu a fazer as pulseirinhas durante o período que passou em um monastério no Nepal e que aprimorou a técnica assistindo a um vídeo no YouTube com o passo a passo.
“Quando você encara uma aventura como essa começa a perceber que, na verdade, é preciso muito pouco para viver. Hoje, o que eu preciso é de um pouco de alimento, combustível e um lugar para dormir, só isso”, observa o viajante.
Aproveitando a deixa, também perguntei se ele tem encontrado trabalhos temporários pelos países pelos quais tem passado. Pol confessou que até teve a oportunidade de lecionar espanhol em um dos países pelos quais passou, mas, segundo ele, trabalhar em uma empresa significa ter que ficar preso em um lugar, e esse não é o seu objetivo, já que ainda falta bastante estrada pela frente até ele realizar o sonho de dar a volta ao mundo.
Quanto às adversidades, ele conta que durante esses últimos quinze meses teve apenas um pequeno acidente enquanto pilotava por Laos, mas para ele muitas vezes essas situações acontecem para trazer coisas melhores. O acidente em Laos, por exemplo, lhe proporcionou três semanas incríveis em um pequeno vilarejo da região enquanto se recuperava.
Quando ele pretende finalizar a viagem? Nem ele sabe! Pol tem seguido o fluxo das oportunidades, das situações inusitadas que tem experienciado. “Desde que cai na estrada o tempo é o que menos importa. O que eu quero mesmo é realizar o meu sonho”, conta ele.
Para acompanhar a viagem do Pol, acesse o blog Camino a la aventura ou siga a sua página no Facebook! Inspire-se.
Este texto faz parte da série Mochilão pela Ásia em oito destinos.
Este texto foi revisado por Camilla Gómez em Setembro/2014.
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